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Professores e servidores de sete instituições de ensino superior estão em greve no Ceará, com movimentos que iniciaram no mês de março e outros que têm atividades paralisadas a partir desta segunda-feira (15). As categorias têm reivindicações que incluem recomposição salarial e melhorias nas condições de trabalho.
Dentre as pautas defendidas, está a campanha salarial de professores das universidades federais, que se unem à mobilização nacional para contestar a proposta apresentada pelo governo federal de reajuste de 0% em 2024 e de 9% a ser pago em duas parcelas em 2025 e 2026.
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) afirma que “vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias”.
Em relação às universidades estaduais, o Governo do Estado propôs a abertura de uma mesa de negociações com representantes dos professores.
A paralisação dos professores da UFC, UFCA e Unilab, que começa nesta segunda-feira (15), foi definida em assembleia na última terça-feira (9). A categoria dos docentes acompanha a mobilização nacional que reivindica a recomposição salarial de 22,71%, com pagamento parcelado de 7,06% em 2024, 2025 e 2026.
Outras pautas incluídas no movimento paredista são a equiparação de benefícios entre os servidores dos três poderes, recomposição do orçamento das universidades, melhores condições de trabalho, reestruturação da carreira docente e revogação de medidas consideradas prejudiciais aos servidores.
O MEC informa que o reajuste de 9% foi promovido no ano passado pelo governo federal. No entanto, as entidades sindicais contestam a proposta, afirmando que o reajuste é de 0% para 2024 e que o percentual de 9% é dividido em duas parcelas de 4,5%: a primeira a ser paga em maio de 2025 e a segunda em 2026.
Servidores técnico-administrativos das três universidades federais no Ceará também estão paralisados desde o dia 11 de março.
Conforme informações do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (Sintufce), as reivindicações incluem a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, incluindo a recomposição salarial.
Ainda conforme o MEC, equipes do Ministério estão participando da mesa nacional de negociação e das mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), além de mesa setorial para tratar de condições de trabalho.
Uma nova rodada de diálogo na mesa nacional de negociação com o governo federal e entidades sindicais foi realizada na última quarta-feira (10), com a manutenção da proposta de reajuste salarial já anunciada pelo governo.
Em entrevista à Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, detalhou alternativas apresentadas para reajustar auxílios e benefícios dos servidores públicos federais.
A proposta do governo foi de elevar o auxílio-alimentação de R$ 658,00 para R$ 1 mil e reajustar em 51% os valores de auxílio-creche e de assistência à saúde complementar per capita média (também chamado de auxílio-saúde).
Em posicionamento oficial, o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC) afirmou que as entidades sindicais ficaram frustradas com as propostas. Uma caravana de docentes, técnicos e estudantes se organiza para aderir à mobilização nacional com ato em Brasília na próxima quarta-feira (17).