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Russo suspeito de lavar dinheiro comprou mansão de R$ 10 milhões da cantora Simone Mendes - Rádio Flash

Russo suspeito de lavar dinheiro comprou mansão de R$ 10 milhões da cantora Simone Mendes

Um russo alvo de uma operação da Polícia Federal por suspeita de lavagem de dinheiro com uso de criptomoedas comprou a mansão em que vivia a cantora Simone Mendes, avaliada em R$ 10 milhões.

O imóvel, localizado em um condomínio de luxo no município do Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, foi alvo de mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (27). Na ocasião, a polícia apreendeu US$ 223 mil dólares, R$ 55 mil, relógios de luxo e aparelhos celulares.

Além disso, bens foram sequestrados por determinação judicial, e entre eles está a mansão que já foi da cantora.

A RSS Produções Artísticas e Entretenimento, escritório responsável pelo gerenciamento de carreira de Simone Mendes, informou que a venda do imóvel da artista ocorreu de forma regular e dentro da legislação brasileira.

“A operação de venda fora intermediada por uma imobiliária local, jamais tendo a artista e seu marido qualquer contato pessoal e/ou presencial com os compradores. O contrato foi assinado em abril /2023.A partir da data da assinatura o imóvel não pertencia mais ao casal”, disse o escritório que gerencia a carreira da artista.

O russo investigado pela PF levava uma vida de luxo no litoral cearense. Além dele, outro russo que morava em Florianópolis também foi alvo da a Operação Brianski, que cumpriu dez mandados de busca e apreensão, sendo seis em Florianópolis (SC), dois em Goiânia (GO) e outros dois em Eusébio (CE).

Conforme a PF, a investigação mira uma associação criminosa envolvendo russos já condenados no país de origem e brasileiros (veja mais abaixo).

Segundo fontes da PF, entre os principais investigados estão dois russos. Um mora em Florianópolis (SC) e o outro, na Grande Fortaleza:

O alvo principal foi condenado em 2015 a 3 anos e 6 meses na cidade russa de Penza pelo crime equivalente ao de fraude. Ele foi liberado em abril de 2017 e ingressou no Brasil em novembro de 2018. Em 2022, obteve a nacionalidade brasileira;
O segundo russo investigado também foi condenado em 2015, na província de Samarskaya, a 10 meses de prisão pelo crime de roubo. Também entrou no Brasil em 2018 e, até o momento, não foi localizado pedido de naturalização.

De acordo com o delegado Cleo Matusiak Mazzotti, as investigações começaram com a informação de que cidadãos russos teriam fixado residência na capital de Santa Catarina para usufruir dos recursos oriundos de crimes supostamente praticados em seu país de origem.

“Eles chegaram a Florianópolis sem nenhum tipo de declaração robusta de renda e começaram a adquirir um número significativo de imóveis, automóveis de luxo, joias e a ostentar um padrão de vida significativamente alto”, esclareceu Mazzotti.
Após se estabelecerem no Brasil, conforme a polícia, os suspeitos passaram a integrar a sociedade de empresas, além de adquirir bens móveis e imóveis, alguns deles por meio de pagamentos volumosos em espécie.

Medidas
Conforme a PF, foi determinado o sequestro de bens dos investigados, que incluem casas e apartamentos de alto padrão e terrenos e automóveis de luxo adquiridos.

Também foram decretados os bloqueios de contas bancárias vinculadas a 25 pessoas físicas e jurídicas, além de contas em exchanges, onde é possível comercializar criptomoedas, visando sequestro de valores em moeda nacional e de criptoativos.

Os quatro principais investigados, que não tiveram as identidades divulgadas, também terão aparelhos eletrônicos monitorados e ficarão proibidos de deixar o país e de fazer transações de criptoativos.

Operação
A investigação descobriu, segundo a Polícia Federal, que a integralização dos recursos oriundos da lavagem de dinheiro foi operacionalizada por brasileiros que se utilizaram de empresas sediadas em Goiás.

As movimentações financeiras realizadas pelos investigados e pela intermediadora brasileira tinham origem em transações de criptomoedas.

Nessas contas exchange, os criptoativos eram recebidos e convertidos em moeda nacional para posteriormente serem transferidos para as contas dos investigados estrangeiros no Brasil, de seus familiares e de suas empresas.

Eram usados também, conforme a investigação, para a compra de bens imóveis de alto padrão e de automóveis de luxo, alguns deles registrados em nome de terceiros.

 

Fonte: g1.globo.com | Foto/Imagem – TV Verdes Mares/Reprodução

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