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Estudantes do Ceará atravessando uma passagem molhada com água nos joelhos para conseguir retornar da escola. O flagra aconteceu nesta terça-feira (12) na comunidade rural de Bonitinho, em Canindé, cidade localizada a 110 quilômetros de Fortaleza.
Moradores da região relataram, no entanto, que a situação não é pontual, e se repete todo ano, especialmente no período chuvoso – quando o riacho da região tem aumento no volume de água. Na ida para a escola, elas também enfrentam a mesma dificuldade.
A mãe de uma das crianças disse que a filha ficou bastante assustada com a situação e não foi à escola nesta terça-feira. Ela também relatou uma quase tragédia:
“A cheia quase leva um pai de família com seu filho. O pessoal viu e correu para ajudar. Foi quando o desespero bateu mais ainda, as crianças começaram a chorar e os pais também”.
De acordo com a moradora, as crianças foram para a escola normalmente na segunda-feira, mas por volta de 13h foram liberadas após as chuvas fortes. A volta para casa, no entanto, foi perigosa.
Uma outra fonte, que prefere não se identificar, relatou à reportagem que a situação também é realidade de outras comunidades de Canindé, como Varzante, Impueira Comprida e Ipu Monte Alegre. As crianças dessas localidades vão, em sua maioria, para a mesma instituição, a Escola de Ensino Municipal Manoel Januário de Lima- Regional Ipu – Canindé.
Municipal Manoel Januário de Lima- Regional Ipu – Canindé.
“Não tem condições de locomoção. Todo ano a história se repete. A água vem com muita força. Se você não tiver preparado, ela te carrega.”
O g1 entrou em contato com a Prefeitura de Canindé sobre a denúncia.
A Secretaria de Educação do município respondeu que tão logo iniciaram as chuvas na tarde de terça-feira (12) os alunos foram liberados da escola em questão.
“Acontece que devido à intensidade das precipitações e dado o percurso de quatro quilômetros que o ônibus escolar teve que percorrer na estrada carroçável, não foi possível atravessar com todas as crianças antes de o riacho transbordar. Ressalta ainda que profissionais da escola permaneceram na margem do riacho aguardando o nível das águas baixarem para atravessar os alunos em segurança e que as crianças que atravessaram o fizeram por iniciativa de alguns pais, como se pode constatar no vídeo. O ocorrido foi um caso isolado. As aulas seguiram dentro da normalidade no dia de hoje, 13.03.24″.
A pasta não respondeu, no entanto, se há um projeto para ampliação do transporte escolar e melhoria dos já existentes – ideias cobradas pelos moradores. O g1 questionou também a secretaria de Infraestrutura sobre como a gestão pretende resolver o problema denunciado de forma definitiva, e aguarda resposta.