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Ceará registrou o 1º caso de febre do oropouche de toda a história do estado. A confirmação foi feita pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) em comunicado nessa sexta-feira (21).
O paciente de 53 anos, residente do município de Pacoti, foi atendido com suspeita clínica de dengue e chikungunya. O caso ocorreu em maio. Por meio de investigação laboratorial, exames realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-CE), unidade da Sesa, o resultado deu negativo para dengue, zika e chikungunya. O paciente está bem e em casa, curado.
A febre oropouche registrou mais de 6,6 mil casos no Brasil neste ano, a maioria em estados da região Norte, concentrados no Amazonas e em Rondônia. Segundo o Ministério da Saúde, há notificações em todas as outras regiões do país.
🦟⚠️A doença tem sintomas parecidos com os da dengue e é transmitida por mosquitos, principalmente Culicoides paraensis, conhecido como maruim. Os mosquitos que transmitem a febre do oropouche se reproduzem em locais com matéria orgânica, diferente do Aedes aegypti, que precisa de água para reprodução.
A transmissão da febre oropouche é feita principalmente por mosquitos. Após picar uma pessoa, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus.
O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor no ciclo selvagem. No ciclo urbano, ele também é o principal vetor. No entanto, há ainda o mosquito Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos, que pode ocasionalmente transmitir o vírus da febre oropouche.
Os sintomas da febre oropouche são semelhantes com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial.