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Burger King é condenado a pagar R$ 10 mil por danos morais a ex-funcionário que sofreu discriminação racial - Rádio Flash

Burger King é condenado a pagar R$ 10 mil por danos morais a ex-funcionário que sofreu discriminação racial


O Burger King foi condenado a indenizar um ex-funcionário em R$ 10 mil por danos morais relativos a uma discriminação racial que teria ocorrido com a vítima em uma entrevista para ascensão de cargo. A sentença foi divulgada pelo TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região – São Paulo) nesta terça-feira, 26.

De acordo com o TRT-2, a gerente de uma das lanchonetes da companhia realizava um processo seletivo para promoção na empresa em que entrevistou três funcionários. A mulher teria afirmado ao ex-funcionário que ele nunca chegaria a uma alta posição com “um cabelo daqueles”. Na ocasião, o trabalhador utilizava um penteado black power.

Segundo as autoridades, uma testemunha relatou em audiência que a gerente da lanchonete impôs aos funcionários a ordem de que não poderiam ter um cabelo grande solto ou barba. A pessoa acrescentou que o trabalhador ofendido pela mulher seguia as determinações usando o cabelo preso.

A sentença de indenização foi dada pela juíza Gabriela Sampaio Barros Prado Araújo, da 44ª Vara do Trabalho de São Paulo. Conforme a magistrada, houve ato ilícito do Burger King devido ao comentário racista da superiora. “A chefe associou uma característica física do autor às possíveis perspectivas de crescimento profissional do mesmo, fato este que, além de ter sido depreciativo, revelou-se repugnante e desumano”, declarou.

A juíza acrescentou ainda que o episódio é grave o suficiente para trazer transtornos de ordem psicológica e moral à vítima. Apesar da decisão, a empresa pode recorrer.

Em contato com a IstoÉ, o Burger King afirmou que o ex-funcionário recebeu diversas promoções na lanchonete, “inclusive ocupando um cargo de liderança dentro da franquia, tendo todas as oportunidades de crescimento e ascensão profissional”, informou.

Além disso, a empresa reiterou que repudia qualquer tipo de preconceito e que a entidade implanta práticas antidiscriminatórias que devem ser seguidas de forma rigorosa. “A companhia e o franqueado estão colaborando com a elucidação do caso em questão”, finalizou o Burger King.


Fonte: istoe.com.br | Foto/Imagem: divulgação/Reprodução

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