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O deputado Renato Roseno (Psol) sofreu um ataque verbal na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), na manhã desta terça-feira (26), logo após discursar na tribuna da Casa sobre a prisão dos suspeitos de mandar matar a vereadora carioca Marielle Franco (Psol). A prisão ocorreu no domingo (24), seis anos após a morte da parlamentar, que era amiga e correligionária de Roseno.
Conforme o deputado, um homem provocou-lhe dentro do plenário, gritando “fora, Lula”, enquanto ele dava entrevista sobre o assunto. O sujeito teria entrado acompanhado de outro parlamentar, o qual Roseno preferiu preservar o nome. Por causa disso, deputado psolista levantou questão de ordem e cobrou providências à Mesa Diretora da Casa.
“Não quero atribuir ao parlamentar que permitiu o ingresso desse provocador nenhuma responsabilidade. Não vou nem citar o nome dele, não vou atribuir a ele a provocação barata que o convidado dele fez, (…) mas eu gostaria que a Mesa tomasse as providências cabíveis”, relatou Renato Roseno, no plenário da Alece.
Na ocasião, ele disse que já solicitou à Mesa Diretora as imagens do circuito interno do plenário para identificação do homem.
Se um provocador entra no plenário da Casa provocando parlamentar, e isso não obtiver resposta, qual vai ser a medida seguinte? Nós vamos ser agredidos fisicamente aqui dentro?”
RENATO ROSENO (PSOL) Deputado Estadual
Logo em seguida, o deputado Fernando Santana (PT), que estava presidindo a sessão, disse que acatava a questão de ordem levantada por Roseno e que a Casa já estava providenciando as imagens.
“Como presidente dessa sessão, em nome do presidente da Casa, da Mesa Diretora, quero me solidarizar com o colega parlamentar deputado Renato Roseno. A sua questão de ordem, eu, particularmente, já acato. Nós já estamos levantando as imagens, nós só queremos ter também os áudios, mas já nos foi informado tudo que aconteceu”, destacou, acrescentando que a Mesa Diretora irá tomar providências sobre o caso.
Ele destacou, ainda, que a Assembleia não irá permitir ataques verbais no plenário.
“Nós não vamos permitir — não só a vossa excelência, mas a qualquer parlamentar — qualquer tipo de agressão verbal, sobretudo de quem não é parlamentar. Os parlamentares aqui da Casa têm debatido, divergido e mesmo na divergência tem buscado ter o respeito um com o outro parlamentar nessa Casa”, frisou Fernando Santana.
Vale ressalta que a entrada no plenário da Assembleia é supervisionada e, normalmente, apenas profissionais da imprensa, técnicos da Casa, assessores parlamentar ou do Governo, devidamente identificados, têm autorização prévia.